terça-feira, 22 de novembro de 2022

Erasmo Carlos

O Brasil perdeu mais um ícone da música. Erasmo Carlos faleceu, hoje, aos 81 anos. Autor de mais 600 composições, Erasmo firmou uma grande parceria com Roberto Carlos. A dupla foi responsável por clássicos como "Detalhes", "Cavalgada", "Quero que vá tudo pro inferno", "Olha", entre tantos outros. Por sinal, um dos maiores sucessos de Roberto foi "Amigo", música que fez em homenagem à Erasmo. Dono de um estilo próprio, em suas gravações Erasmo soava bem diferente das músicas cantadas pelo parceiro. Entre os sucessos que registrou com a sua voz estão "Gatinha manhosa", "Festa de arromba", "Sentado à beira do caminho", "Coqueiro Verde", "Filho único", "Pega na mentira", "Mesmo que seja eu", "Mulher (Sexo Frágil)". Ganhou quatro vezes o prêmio Grammy Latino, o último há 5 dias com o disco "O futuro pertence à Jovem Guarda", na categoria "Melhor Álbum de Rock ou Música Alternativa em Língua Portuguesa". Aliás, Erasmo sempre se definiu como um rockeiro, e disse que sua cabeça mudou quando ouviu "Rock Around the Clock", com Bill Halley and His Comets. No período da Jovem Guarda, recebeu o apelido de "Tremendão". Foi uma das mais queridas figuras do cenário musical brasileiro entre seus pares, que o definiam como o "Gigante Gentil". Não ficou preso na cápsula do tempo, e gravou com músicos de outras gerações, como Frejat, Fernanda Takay, Marisa Monte. Numa coincidência muito significativa, Erasmo morreu no Dia do Músico. Lulu Santos, ao pronunciar-se sobre a morte de Erasmo, foi muito inspirado ao expressar que sua obra tem o doce balanço entre o ingênuo e o profundo.

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