sábado, 25 de junho de 2016

Brilho falso

A Eurocopa, competição europeia de seleções que está se desenvolvendo na França, deixa claro o quanto o futebol daquele continente exibe um brilho falso, pois depende da mão-de-obra estrangeira para tornar atraentes os seus campeonatos de clubes. Numa disputa entre seleções, onde os jogadores convocados são os do próprio país, a qualidade cai muito. Claro que há grandes jogadores nascidos na Europa, como o português Cristiano Ronaldo e o galês Bale, mas eles são como ilhas em suas equipes, pela ausência de outros talentos que lhes façam companhia. Até mesmo a badalada Alemanha, atual campeã mundial, não escapa desse quadro. Sua equipe possui vários bons jogadores, mas nenhum excepcional. O resultado disso é que os jogos da Eurocopa são, na sua maioria, pouco atrativos tecnicamente. Paradoxalmente, a desprezada Copa América, que está tendo uma edição extra nos Estados Unidos que será decidida amanhã, conta com a participação do maior jogador do mundo na atualidade, Messi, e uma plêiade de grandes nomes como Suarez, Cavani, Di Maria, Higuain, Lavezzi, James Rodriguez e Cuadrado, todos eles atuando em clubes da Europa. O dinheiro permite aos clubes da Europa formarem times fortíssimos, mas recorrendo aos talentos revelados na América do Sul. Sem eles, como está demonstrando a Eurocopa, sobra transpiração, mas falta inspiração.