segunda-feira, 8 de abril de 2019

A queda de Vélez Rodriguez

Como já era esperado, o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, foi demitido. A queda de Vélez Rodriguez era óbvia, inevitável. Nos três meses em que ficou no cargo, colecionou proposições estapafúrdias. Vélez Rodriguez, que é colombiano naturalizado brasileiro, focou suas intenções num combate às supostas influências esquerdistas no ensino brasileiro, em vez de preocupar-se com o seu aprimoramento. Um dos ministros indicados pelo "filósofo" Olavo de Carvalho, mostrou-se uma figura tão bizarra quanto o seu mentor. Mesmo tendo ficado por um período breve no cargo, já foi tarde. Sua nomeação foi um absurdo. Sua atuação como ministro revelou-se patética. Antes de sua saída, vários postos da estrutura do ministério já tinham sofrido alterações, numa incrível demonstração da falta de rumo no trabalho da pasta. Porém, Vélez Rodriguez não é o único integrante ridículo do ministério do governo Jair Bolsonaro. Damares Alves, ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, é outro exemplo claro disso. O governo de um presidente ignorante e despreparado não poderia oferecer um quadro melhor. Sendo assim, os substitutos dos que saem não conseguirão alterar a tendência do governo ao fracasso. A demissão de Vélez Rodriguez é a segunda de um nome de peso, depois do ex-secretário geral da presidência, Gustavo Bebbiano, num governo que apenas completou um trimestre. Maior evidência do total despreparo dos atuais ocupantes do poder para administrar o pais não pode existir.