terça-feira, 15 de maio de 2018

Gramado impraticável

No futebol, nem sempre as vitórias são obtidas com bom desempenho. Por vezes, elas são fruto da superação de obstáculos. Foi dessa forma que o Grêmio venceu o Monagas (VEN) por 2 x 1, hoje, no Monumental de Maturin, pela Libertadores. A vitória era imperativa para o Grêmio, que almeja ser o primeiro colocado de sua chave e, se possível, de toda a fase de grupos da competição. Ela se tornou ainda mais obrigatória após o Cerro Porteno ter vencido o Defensor por 1 x 0, fora de casa, com um gol nos acréscimos, pouco antes do jogo do Grêmio. As dificuldades do Grêmio, no entanto, não eram poucas. O time entrou em campo com apenas cinco titulares, em função das lesões e do desgaste físico resultantes do exaustivo calendário de jogos. Porém, o maior entrave para que o Grêmio pudesse vencer era o gramado impraticável do estádio venezuelano. O Grêmio, mesmo diante de um adversário modesto, não jogava bem. Como de costume, o Grêmio teve maior posse de bola, mas não conseguia traduzir isso em oportunidades de gol. O jogo se arrastava num 0 x 0 que parecia definitivo quando um chute de longa distância de Ramiro, contando com uma falha do goleiro, fez o Grêmio abrir o placar. Embora tenha recuado muito após marcar o gol, cedendo a bola para o Monagas, o Grêmio  não era ameaçado. Até que o impensável aconteceu. Kannemann, de atuação impecável durante todo o jogo, marcou um gol contra nós acréscimos. O empate seria desastroso para o Grêmio, pois praticamente lhe tiraria a chance de ser o primeiro colocado do grupo. Foi então que, no último lance do jogo, Cícero sofreu um pênalti. Na cobrança, Jailson fez o gol da vitória. Com o resultado, o Grêmio voltou a liderar o grupo, e só depende de si para confirmar essa posição na última rodada. Afora isso, já está classificado por antecipação, para as oitavas de final. Foi uma vitória com pouco futebol e toques dramáticos, num gramado horroroso, mas que dá prosseguimento a excelente fase vivida pelo Grêmio.