quinta-feira, 8 de setembro de 2022

A morte de um símbolo

Foram exatos 70 anos, o maior período de reinado de um monarca da Imglaterra. A rainha Elizabeth faleceu, hoje, aos 96 anos, deixando uma sensação de vazio, pois se trata da morte de um símbolo. Sim, a monarquia é uma instituição anacrônica, em nada condizente com os tempos atuais. Sua pompa e circunstância, seus gastos exorbitantes com a família real, soam inadequados para os padrões vigentes. Ainda assim, a morte de Elizabeth é um fato que impacta o mundo. Sua permanência no trono atravessou várias gerações. Dentro do papel que se espera de uma chefe de estado, Elizabeth foi exemplar. Discreta, contida, atenta ao cumprimento rigoroso do protocolo de suas funções, Elizabeth foi sempre uma referência, dentro e fora da Inglaterra. Por força de seu cargo, era uma celebridade de alcance internacional, mas portava-se com dignidade e parcimônia. Sua morte representa a perda de um dos maiores nomes dos últimos cem anos da história mundial. Elizabeth dará lugar a seu filho, Charles, como novo rei. Seu reinado deverá ser bem diferente do de sua mãe. Charles assumirá o trono com 73 anos, o que não lhe dá a perspectiva de um reinado longevo.