segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

A explosão dos lanches rápidos

Basta que nos ausentemos de onde moramos por algum tempo, principalmente na passagem de um ano para o outro, para que, na volta, nos deparemos com mudanças. Foi assim quando, hoje, ao caminhar pelas proximidades do local onde resido, verifiquei que um elegante boteco da região, aberto há pouco mais de um ano, fechou. O prédio está sendo reformado para dar lugar a uma nova unidade de uma rede de lanches rápidos, os chamados "fast foods". Com isso, haverá no local, futuramente, três unidades de diferentes redes do ramo, coladas uma à outra. A troca do boteco pela lanchonete não me parece nada vantajosa. Perde-se um espaço agradável, de ambiente convidativo e cardápio variado. Os preços, é verdade, não eram muito baixos, mas a qualidade tem seu ônus. Agora, surgirá no local, a mesmice de uma lanchonete com suas opções multicalóricas e pouco criativas. A crise financeira, que afetou o bolso de parte significativa da população, e a pressa que caracteriza os tempos atuais, no entanto, levou a uma explosão dos lanches rápidos como alternativa de alimentação para um grande número de pessoas. Ao que parece, os alertas de médicos e nutricionistas sobre os perigos desses lanches para a saúde tem sido ignorado. Os "fast foods" continuam sendo uma aposta certeira no ramo gastronômico, em quase todos os lugares.

Perdas

Entre os tantos fatos que podem ser abordados das ocorrências do período em que estive ausente desse espaço, duas perdas no meio musical me parecem de maior destaque. A morte de Natalie Cole, no final de 2015, e a de David Bowie, nos primeiros dias de 2016, deixam enormes lacunas na música. Natalie, filha de um cantor notável, Natr King Cole, mostrou ter brilho próprio, e não se escudar apenas no sobrenome ilustre. Com um estilo mais pop que o de seu pai, alcançou sucesso e reconhecimento público. Chegou a fazer um dueto virtual com seu falecido pai, interpretando "Unforgettable", um dos maiores sucessos de Nat King Cole. Nos últimos anos, com sérios problemas de saúde, esteve um pouco afastada dos holofotes, mas não será esquecida. A morte de David Bowie, mais do que o desaparecimento de um artista talentoso, é a saída de cena de um revolucionário. Bowie rompeu paradigmas, redefiniu conceitos, jamais se acomodou. Artista pop por excelência, sua atuação envolvia, principalmente nos primeiros anos de sua carreira, um forte apelo visual e performático. Ele não era um apreciador de fórmulas fáceis. Buscou sempre a inovação. Sua obra, muitas vezes, não pareceu palatável para o público médio, mas abriu novos horizontes musicais e obteve o reconhecimento de seus pares. Foi um ícone da música, e tem seu lugar garantido na história.

Retorno

Um espaço como esse deve ter, se possível, uma atualização diária, ainda mais levando-se em conta os recursos da informática, que permitem que se permaneça conectado de, praticamente, qualquer lugar, dada a portabilidade e agilidade dos meio cibernéticos. Um longo período sem férias dignas do nome, apenas com pequenas folgas, a cada fim de ano, fizeram, no entanto, que eu interrompesse as postagens diárias, mesmo num período rico em fatos para serem analisados. No retorno da publicação de textos, farei referências a alguns fatos ocorridos nesses dias de ausência, e, logo a seguir, retomarei à análise do que ocorre na realidade diária.