segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Rotina

Pela quarta vez, e de forma consecutiva, Messi foi escolhido o melhor jogador do mundo. Assim, torna-se o único jogador a obter esse feito por quatro vezes. Até agora, Messi dividia a honraria de ganhar o prêmio de melhor do mundo por três vezes com Platini, Ronaldo, Zidane, Cruyjff e Van Basten. Tudo indica que Messi ainda vá ganhar esse prêmio por muitos anos. Em 2012, seu desempenho foi excepcional. Fez 91 gols em 69 jogos, superando o alemão Gerd Müller, até então recordista de em único ano, que havia marcado 85 vezes em 1972. Não há quem possa, no momento, superá-lo. Cristiano Ronaldo é muito bom, e até já ganhou o prêmio uma vez, mas Messi é superior. Seu repertório de jogadas é mais amplo do que o de Cristiano Ronaldo. Ambos são grandes artilheiros, mas Messi tem marcado mais gols. Neymar é mais jovem que os dois, mas ainda parece distante de obter um grau de rendimento que lhe permita concorrer com eles à condição de melhor do mundo. O prêmio dado a Messi tornou-se uma rotina, que parece longe de acabar. Nas demais premiações da Bola de Ouro da Fifa, a americana Amy Wambach foi escolhida a melhor jogadora feminina, Vicente Del Bosque, da Seleção da Espanha, o melhor técnico, e a sueca Pia Sundhage, da seleção dos Estados Unidos, a melhor técnica de futebol feminino, concorrendo contra dois homens. A brasileira Marta, que já ganhou o prêmio de melhor jogadora do mundo em cinco oportunidades, mais uma vez, ficou entre as três finalistas, mas a exemplo do ano passado, não venceu. Os prêmios, em geral, pareceram bastante justos, com exceção do gol mais bonito do ano. Entre os três finalistas, justamente  o menos bonito foi o vencedor. O gol escolhido, do eslovaco Stoch, do Fenerbahce (TUR), foi belíssimo, mas plasticamente inferior ao de Falcão Garcia e, principalmente, ao de Neymar, que merecia ter ganho pelo segundo ano consecutivo. O prêmio honorífico da Fifa concedido a Franz Beckenbauer fez justiça a uma das mais brilhantes trajetórias do mundo do futebol, já que ele alcançou êxito como jogador, técnico e dirigente. Enfim, foi uma cerimônia ágil e enxuta que, com exceção do gol mais bonito, fez justas premiações.