terça-feira, 7 de outubro de 2014

Eleição imprevisível

O Grêmio realizou, hoje, o primeiro turno das suas eleições presidenciais. Como era esperado, só duas das cinco chapas concorrentes conseguiram alcançar o mínimo de 20% dos votos do Conselho Deliberativo, e irão, no dia 18, disputar a preferência dos associados do clube, numa eleição de resultado imprevisível. A diferença de votos, no primeiro turno, foi pequena. A chapa 4, da situação, encabeçada por Romildo Bolzan Júnior, obteve 140 votos. A chapa 5, que tem como candidato a presidente Homero Bellini Júnior, teve 107 votos. Se forem somados os votos das outras três candidaturas de oposição, chega-se ao número de 147, superando os votos situacionistas, e indicando um desejo de mudanças. Depois de um longo período comandado pelos caciques Fábio Koff e Paulo Odone, ou por seus seguidores, o Grêmio poderá ser administrado por uma nova liderança. Os repetidos fracassos em campo, com 13 anos sem ganhar um grande título e quatro sem vencer nem ao menos o Campeonato Gaúcho, estimulam o desejo da busca por um novo caminho, capaz de reconduzir o Grêmio ao rumo das vitórias. A influência de Fábio Koff, atual presidente e indicado para ser o vice-presidente de futebol na chapa de Romildo, não pode ser desprezada. Porém, a margem apertada da vitória de hoje demonstra que Bellini Jr, que já concorreu na eleição anterior, em 2012, enfrentando os dois grandes caciques, dessa vez tem chances efetivas de vitória. Talvez tenha chegado a hora de o Grêmio ser varrido pelo vento da renovação. Koff representa um passado glorioso, mas, também, um presente pouco estimulante. Seu candidato, portanto, traz a marca do continuísmo. Ninguém pode saber se Bellini Jr, caso seja eleito, retomará o rumo dos títulos, mas diante do fracasso reiterado das velhas raposas, ele surge como uma alternativa váilida.