segunda-feira, 5 de setembro de 2016

A falácia da modernidade

Em época de eleições, somos submetidos expostos a uma série de clichês. São frases rasas, que nada expressam, mas que podem impressionar os incautos. A falácia da modernidade é o maior exemplo disso. Os candidatos defensores do neoliberalismo adoram usar esse termo. Os que estão no espectro ideológico contrário são tachados por eles de atrasados, superados, e outras definições semelhantes. Na prática, por trás desse discurso pretensioso, está a defesa de ideias conservadoras, ou seja, o oposto do sentido da palavra "modernidade". Afinal, o que há de moderno em privatizar estatais, implantar a "austeridade" na administração, praticar o arrocho salarial no funcionalismo público, reduzir investimentos em áreas essenciais? Na verdade, os que se dizem modernos são adeptos do estado mínimo, que favorece os grandes grupos econômicos em detrimento dos interesses da maioria da população.  Resta esperar que o eleitor se mostre mais consciente, e não vote nesses lobos em pele de cordeiro.