segunda-feira, 18 de março de 2019

Servilismo

Dentre todas as figuras abjetas que fazem parte do purulento governo Bolsonaro nenhuma é mais execrável e repugnante do que o ministro da Economia, Paulo Guedes. Com sua formação na área tendo sido feita nos Estados Unidos, Guedes é considerado um "Chicago Boy", identificação dada aos economistas ultraliberais forjados na famosa cidade americana. O discurso desse grupelho é bem conhecido, e propõe a diminuição do tamanho do Estado, privatizações em cascata, eliminação de direitos trabalhistas, arrocho salarial. Em comum, todos os que compõem essa malta de economistas são ardorosos defensores do "american way of life". O servilismo de Guedes aos interesses e ao "modus vivendi" dos americanos ficou explícito, hoje, de maneira despudorada. Guedes é um dos integrantes da comitiva do presidente Jair Bolsonaro que está em visita oficial aos Estados Unidos e, em meio a declarações sobre as medidas econômicas que já tomou, e as que ainda pretende adotar, disse que ama os americanos. Destacando o fato de que estudou naquele país, Guedes citou, entre os itens americanos que ama, a Coca-Cola e a Disneylândia. O que mais causa espanto nesse filme de terror que está sendo vivido pelos brasileiros, é que um governo tão entreguista receba sustentação militar. Afinal, dos militares sempre se afirmou que são, acima de tudo, nacionalistas. No Brasil, um país acostumado a cultivar absurdos, os militares, em vez de defenderem os interesses da nacionalidade, participam da ação ignóbil de sujeição do país aos desmandos do imperialismo. O que se pode esperar do futuro do Brasil, diante de um quadro como esse? Só muita dor e desesperança.