terça-feira, 21 de outubro de 2014

Aventura

Certos fatos são incompreensíveis. A liderança nas pesquisas do candidato a governador do Rio Grande do Sul pelo PMDB, José Ivo Sartori, é uma delas. A cada dia que passa, Sartori se mostra mais despreparado, atrapalhado, simplório e desastrado nas suas manifestações. Sempre que questionado sobre seus projetos para governar o Estado, nada consegue revelar. Ontem, fez uma ironia sobre o piso salarial dos professores A repercussão foi péssima e ele tratou de se desculpar, mas o estrago já estava feito. O eleitor, ao escolher Sartori, parece ter optado pela flagelação, pelo castigo autoimposto, sabe-se lá por qual razão. Sartori não tem estatura para o cargo que postula. O candidato a vice-governador em sua chapa, José Paulo Cairoli, é um latifundiário que ignora as leis trabalhistas em sua fazenda. No governo de Antônio Britto, de terrível memória para todos os gaúchos, Sartori teve participação ativa. Eleger Sartori é jogar o Rio Grande do Sul numa aventura, cujo final será, inevitavelmente, trágico. Ainda há tempo para o eleitor refletir e impedir que essa hecatombe se consuma. Caso contrário, o Rio Grande do Sul, sempre tido como um estado politizado, vai "pagar um mico" diante de todo o Brasil, elegendo para governador um candidato meramente folclórico.