sábado, 9 de novembro de 2019

Polarização

Um dia depois da libertação do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, constata-se que, politicamente, o Brasil segue dividido entre lulistas e bolsonaristas. A polarização do país entre essas vertentes mantém um ambiente político muito tenso. Hoje, apoiadores de Lula foram as ruas festejar sua libertação. Os detratores do ex-presidente também ocuparam espaços públicos para protestar contra sua soltura e pedir a volta da prisão após a segunda instância. Manifestações públicas são um saudável exercício da democracia e nada tem de condenáveis. O problema é que não se está num ano eleitoral, e o país sofre com os efeitos de um governo totalmente caótico. A cegueira ideológica dos furiosos antipetistas fez com que Jair Bolsonaro fosse eleito presidente, sem ter nenhuma condição de exercer o cargo. Seu governo está conduzindo o país para o abismo econômico e social. Sendo assim, é hora da esquerda mobilizar-se para fazer um enfrentamento às ações antisociais do governo. A causa da libertação de Lula, que se tornou vitoriosa, é muito meritória, mas não pode ser a única bandeira da esquerda brasileira. Os direitos dos trabalhadores, a educação, a saúde e a cultura estão sendo destroçados pelo governo Bolsonaro. Esse quadro exige uma mobilização imediata das forças de esquerda, para tentar conter a avalanche de medidas carregadas de demofobia que está se abatendo sobre o povo brasileiro. O debate político, sempre saudável, não pode servir de cortina de fumaça enquanto o governo perpetra suas maldades. Enquanto petistas e bolsonaristas batem boca, o ministro da Economia, Paulo Guedes, destrói o futuro do Brasil. Pôr um freio às ações do pérfido ministro deveria ser, hoje, o principal objetivo da esquerda brasileira.