domingo, 23 de dezembro de 2018

O caro preço da insensatez eleitoral

Escolher governantes pelo voto é um direito essencial na democracia. Só a manifestação dos eleitores nas urnas legitima o mandato de quem chefia o Poder Executivo. Esse direito, no entanto, negado aos eleitores brasileiros por um longo tempo, tem de ser exercido com muita consciência. O voto irrefletido, movido pelo ódio, gera consequências desastrosas, que afetam os interesses de toda a coletividade. O fim de mandato do atual governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, é um exemplo disso. Sartori é, sem dúvida, o pior governador do Estado em todos os tempos. Seu final de mandato é deplorável, pois nada tem para apresentar como realizações de seus quatro anos no poder. O caro preço da insensatez eleitoral fica evidente quando se trata do governo Sartori. O ressentimento com o PT, e uma campanha que apostou na sentimentalidade do eleitor, fez com que Sartori vencesse o pleito em 2014. Sua administração nada fez pelo Estado. Em quatro anos, Sartori maltratou os servidores públicos, parcelando os seus salários, e governou para os poderosos. Extinguiu fundações de grande relevância  para o Estado, sem que isso gerasse uma economia significativa para os cofres públicos. Os que escolheram Sartori em 2014 tiveram o bom senso de não o reeleger. Porém, o estrago já está feito. Nada ficou do governo Sartori que possa ser destacado, pois não apresentou projetos para favorecer o desenvolvimento do Estado, limitou-se a aplicar o velho receituário destrutivo neoliberal, propondo a queima de patrimônio público com a venda de estatais. Seu governo não deixará nenhuma saudade. Na verdade, o que há é uma contagem regressiva para que Sartori encerre seu mandato.