domingo, 15 de dezembro de 2024
A prisão de um golpista
Um fato extremamente simbólico na história do país. A prisão de um golpista de alta patente, o general Walter Souza Braga Netto, candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro na eleição presidencial de 2022. Um general de quatro estrelas que participou ativamente de um plano para impedir a posse do presidente Luís Inácio Lula da Silva e manter Bolsonaro, derrotado na eleição, no cargo. O plano previa o assassinato de Lula, do vice-presidents Geraldo Alckmin, e do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Aliás, foi o ministro que determinou, anteontem, a prisão de Braga Netto, por obstruir as investigações sobre o plano golpista. O general foi preso ontem pela manhã. As provas contra Braga Netto foram colhidas em investigação da Polícia Federal. A operação golpista era denominada "Punhal Verde Amarelo". Os dados da investigação são profusos, mas o essencial no fato é a prisão de um general do mais alto grau hierárquico da carreira militar. Por ter participado de uma articulação golpista, e ter agido para obstruir as investigações, Braga Netto teve determinada a sua prisão. A Justiça não se curvou a um peixe grande das Forças Armadas. Os que conspiram contra o estado democrático de direito e as instituições devem ser punidos, seja qual for o cargo que exerçam ou poder que possuam.
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