sexta-feira, 8 de março de 2013

O dia da mulher

Hoje é o Dia Internacional da Mulher. A data serviu de motivo para que as redes sociais fossem inundadas de postagens carregadas de pieguice, exaltando esposas, filhas, mães, irmãs, primas e o quanto elas são importantes. Porém, a motivação deste dia não tem a ver com o universo afetivo, e sim com a luta das mulheres por mais espaço na sociedade. Historicamente subjugadas por séculos de patriarcado e machismo, as mulheres avançaram enormemente nos últimos 50 anos. O marco desta mudança, sem dúvida, foi o surgimento da pílula anticoncepcional. Ela proporcionou à mulher a possibilidade de autonomia sobre a própria sexualidade, abrindo-lhe a condição de buscar o prazer sem o temor de uma gravidez indesejada. A partir daí, a mulher, gradualmente, saiu do confinamento do lar, que a limitava aos papéis de esposa, mãe e dona-de-casa. As universidades, antes um reduto quase exclusivamente masculino, foram tomadas por um número cada vez maior de mulheres. Hoje, em muitos cursos, elas são ampla maioria nas salas de aula. Antes restritas á condição de primeiras-damas, as mulheres alcançaram o poder em muitos países, na condição de presidentes, como Dilma Rousseff, no Brasil, e Cristina Kirchner, na Argentina. Porém, se os progressos tem sido grandes, muito ainda há por fazer. A presença das mulheres nos parlamentos ainda é muito escassa. A violência de que são vítimas, por parte de maridos e companheiros, continua grande. Sua remuneração, em geral, é inferior à dos homens quando desempenham as mesmas funções. Nos cargos executivos, ainda são poucas em relação aos homens. Como se vê, a mulher já avançou muito, mas ainda há um longo caminho a percorrer para que alcance sua plena emancipação. O Dia Internacional da Mulher, mais do que um motivo de celebração, deve servir para a devida reflexão sobre a atuação feminina na sociedade.