sexta-feira, 1 de abril de 2011

Monstruosidade

Chega uma época na vida em que julgamos já ter visto de tudo, qua nada mais é capaz de nos surpreender ou chocar. Eis que de repente, nos deparamos com acontecimentos que se mostram muito piores do que qualquer coisa que pudéssemos imaginar. O fato ocorrido no Paraná em que um pai de trigêmeas disse, no hospital, que só levaria duas crianças para casa, pois não desejava uma terceira, só pode ser classificado como uma monstruosidade. As crianças em questão foram resultado de uma fertilização artificial, devido a problemas de fertilidade do casal. Sabe-se que é muito comum que tratamentos desse tipo resultem numa gravidez múltipla. O médico que realizou o procedimento disse que o casal era ciente de que estavam sendo gestadas três crianças. Pois, ainda assim, quando do nascimento, o pai das meninas declarou que sempre quis ter apenas dois filhos e, portanto, não levaria uma das crianças para casa. O hospital, é claro, não aceitou tal decisão, acionou o Ministério Público e as meninas foram entregues ao Conselho Tutelar. O fato ocorreu no dia 24 de janeiro e o caso corre em segredo de Justiça, com a família, através de seu advogado de defesa, comunicando que não pretende se manifestar. Uma coisa que chama a atenção é que se fala na decisão do pai, mas nada é referido sobre a mãe das crianças. Ela concorda com a postura do marido? Agora, mais do que tudo, o difícil é entender como podem pessoas que desejavam tanto um filho, a ponto de se submeter a um tratamento sabidamente caro, uma vez alcançado o seu objetivo, reagirem dessa maneira. Melhor nem tentar entender, pois se trata, cabe repetir, de uma monstruosidade, de algo que prova que o ser humano consegue ser ainda pior do que se possa pensar..