segunda-feira, 13 de abril de 2020

Moraes Moreira

A morte de Moraes Moreira, hoje pela manhã, aos 72 anos, representa um duro golpe na música brasileira. Moraes Moreira surgiu no cenário musical junto com seus companheiros do grupo "Os Novos Baianos", que, no início dos anos 70, causou enorme impacto junto ao público e crítica. Em meados dos anos 70, partiu para a carreira solo. Fez muito sucesso com suas composições, seja na sua própria voz ou na de outros artistas. "Festa do Interior", por exemplo, composta por ele em parceria com Abel Silva, foi um dos maiores sucessos da carreira de Gal Costa. Versátil, Moraes Moreira transitava por diversos ritmos e absorvia várias influências. O Carnaval, no entanto, foi um ponto marcante de sua carreira, e ele foi o primeiro a cantar no alto de um trio elétrico. A brasilidade, ainda que, eventualmente, misturada com ritmos de outras culturas, e o balanço contagiante, são marcas do seu trabalho. Moraes Moreira se foi, mas criou uma vasta e inesquecível obra, que será lembrada pelas gerações futuras. Os grandes artistas se tornam perenes pelo legado que deixam. Esse, certamente, é o caso de Moraes Moreira.

Uma lenda sem títulos

O ex-piloto inglês Stirling Moss, falecido, ontem, aos 90 anos de idade, foi uma figura singular na história da Fórmula 1. Moss foi quatro vezes consecutivas vice-campeão da categoria, e terceiro colocado em outras três oportunidades, mas jamais obteve o título. Ainda assim, nenhum especialista ou historiador do automobilismo lhe negaria a condição de piloto lendário. Mesmo sem ser campeão teve um altíssimo índice de vitórias nas corridas de que participou na Fórmula 1. A rainha Elizabeth lhe concedeu o título de Sir, distinção que só é conferida a personalidades ilustres. Reverenciado por seus pares, e admirado pelo público, Moss foi uma lenda sem títulos.