quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Mudança em boa hora

O presidente da CBF, José Maria Marin, cumpriu o que prometera ao dizer, na terça-feira, que tomaria medidas enérgicas em relação à arbitragem no futebol brasileiro. Já no dia de ontem, Marin demitiu o presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Sérgio Corrêa, e o substituiu pelo ex-bandeirinha Aristeu Leonardo Tavares. A mudança era mais do que necessária. A arbitragem brasileira nunca primou, de um modo geral, pela qualidade, ainda que tenhamos tido alguns bons árbitros. Porém, atualmente, o quadro é desolador. No Campeonato Brasileiro, os erros graves de arbitragem se sucedem em praticamente todos os jogos. Uma das causas para isso parece ser a política de renovação do quadro de árbitros. Embora a renovação seja necessária, ela leva a que muitos árbitros inexperientes sintam o peso de apitar jogos dos maiores clubes do país. Afora isso, as câmeras de televisão, cada vez em maior número na transmissão dos jogos, escancaram os erros cometidos pelos árbitros, pelo detalhamento que possibilitam de cada lance. Tamanha é a disparidade entre o "olhar" das câmeras e a capacidade de visualização da arbitragem que impõe-se que a FIFA deixe a sua intransigência de lado e admita o auxílio eletrônico para os lances mais polêmicos e decisivos. Essa, contudo, é uma questão para ser resolvida a longo prazo. O problema da arbitragem brasileira, por sua vez, exigia uma medida imediata para se tentar corrigir rumos, e ela foi tomada. Não se sabe se Aristeu Tavares vai fazer, ou não, um bom trabalho. Porém, diante do que vinha acontecendo na arbitragem brasileira, pior, certamente, não há de ficar.