segunda-feira, 18 de abril de 2016

A oposição não tem votos

Desesperado depois de ser derrotado em quatro eleições presidenciais consecutivas, o PSDB, desde o início do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff dedicou-se á tarefa de derrubar o governo a qualquer preço. Esse objetivo poderá ser alcançado caso o Senado confirme a decisão da Câmara dos Deputados em favor do impeachment de Dilma. Com a possibilidade de Michel Temer, do PMDB, tornar-se presidente, surge a hipótese de o PSDB consorciar-se com o novo governo e, enfim retornar, ao poder. O problema, para o PSDB, é que, para as eleições presidenciais de 2018, suas perspectivas não são animadoras. Uma pesquisa de intenções de votos divulgada na semana passada, dividida em quatro diferentes cenários, mostrou que o eleitorado não quer saber dos seus candidatos potenciais. Em dois dos cenários que foram pesquisados, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, ficou em primeiro lugar, em outro a preferência ficou com a ex-senadora Marina Silva. No cenário restante, Lula e Marina empataram no primeiro lugar. Todos os três nomes do PSDB referidos nesses cenários, Aécio Neves, José Serra e Geraldo Alckmin, não apresentaram bons índices de intenções de votos. O problema do PSDB, e dos demais partidos de oposição, é não conseguir seduzir os eleitores. A oposição brasileira não tem votos, e, sem eles, só se chega ao poder pelo golpe. Para ganhar eleições, os votos são essenciais.