quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

Pedro Paulo Rangel

Um ator talentoso e versátil. Assim era Pedro Paulo Rangel, que faleceu, hoje, aos 74 anos. Em sua longa carreira, atuou na televisão, teatro e cinema. Foram mais de 50 trabalhos na televisão, entre novelas, seriados e programas, 40 peças de teatro, e 10 filmes. Com uma grande veia humorística, Pedro Paulo Rangel também brilhava no drama. Na novela "Gabriela" (1975), fez o primeiro nu masculino na televisão, numa cena icônica. Entre os seus papéis de maior repercussão estão o Adamastor, de "Pedra Sobre Pedra" (1992), e o Calixto, de "O Cravo e a Rosa" (2000). Viveu todos os tipos de personagens, de diferentes condições sociais. Estava em cartaz com uma peça, no Rio de Janeiro, quando foi internado, no final de novembro. Fumante, condição de que se arrependia, foi vitimado pela Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, da qual sofria há vários anos. Muito querido por seus companheiros do meio artístico, deixa-lhes uma enorme saudade, que se estende ao público, em cuja memória os personagens que interpretou permanecerão.

O quinhão de Simone Tebet

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, ainda não anunciou a totalidade dos ocupantes de cargos no seu futuro governo. Porém, uma situação está chamando muito a atenção. A senadora Simone Tebet (MDB-MS), terceira colocada na eleição presidencial no primeiro turno, aderiu à candidatura de Lula no segundo, sem hesitação. Com a vitória de Lula, Simone Tebet, obviamente, seria contemplada com um cargo no novo governo. Porém, o tempo está transcorrendo e a indicação da senadora para um ministério não é anunciada. O quinhão de Simone Tebet no governo Lula ainda não é conhecido, e a parlamentar já avisou que recusará um cargo que represente, apenas, um prêmio de consolação. Simone Tebet gostaria de ocupar o novo Ministério do Desenvolvimento Humano, que abarcará o programa Bolsa Família, ou o da Educação. O PT, no entanto, quer os dois ministérios para membros do partido. A posição do PT é legítima, pois são dois ministérios estratégicos num governo cuja face de esquerda deve preponderar. Alianças, entretanto, devem ser honradas. Ao aceitar o apoio de Simone Tebet, em nome da governabilidade, a chapa de Lula sabia que teria de retribuir lhe dando um cargo relevante. Seria bom que Lula resolvesse a questão o quanto antes.