terça-feira, 28 de abril de 2020

O drama do esporte

Os dias vão transcorrendo e a pandemia de coronavírus não arrefece. Pelo contrário, no Brasil, por exemplo, os números da doença ainda são ascendentes. Todos os ramos de atividade são prejudicados numa pandemia, mas alguns vivem uma situação particularmente aflitiva. Esse é o caso do esporte. As competições estão paralisadas, o que gera uma enorme perda financeira. Diversos torneios, das mais variadas modalidades esportivas, foram cancelados. Outros, em princípio, foram suspensos mas sem que se consiga estabelecer uma data de retorno. Algumas decisões mais radicais já foram tomadas. A Federação Belga de Futebol encerrou o campeonato da temporada 2019/2020, concedendo o título ao Brugge, que liderava a competição com 15 pontos de vantagem sobre o segundo colocado. As federações holandesa e argentina foram ainda mais drásticas, e deram os campeonatos de seus países por encerrados sem um vencedor. No caso da Holanda, a federação indicou os clubes que participarão da Champions League e Liga Europa, e determinou que não haverá rebaixamento, nem subida para a Primeira Divisão, decisões que geraram contrariedades. O Comitê Organizador das Olimpíadas de Tóquio, que foram adiadas para o próximo ano, já anunciou que se a competição não puder ser realizada em 2021, ela será definitivamente cancelada. O drama do esporte, um setor que arrecada quantias milionárias, é inegável. Na atual situação de paralisação, são os prejuízos que se acumulam, em níveis estratosféricos. O futuro do esporte, do modo como o conhecemos, de uma hora para a outra, tornou-se uma incógnita.