domingo, 11 de dezembro de 2022

Novo técnico

A Seleção Brasileira chegou hoje ao país, depois da eliminação na Copa do Mundo no Catar, e já se fala sobre o seu futuro. Com a saída de Tite, o novo técnico deverá ser anunciado já em janeiro. Cresce a hipótese da escolha de um técnico estrangeiro, o que é uma demonstração do conhecido "pensamento mágico". Não é verdade que faltem técnicos brasileiros capacitados a treinar a Seleção. O culto ao técnico estrangeiro é um modismo que se criou no país a partir do êxito do português Jorge Jesus no Flamengo, em 2019. Tanto é verdade, que seu nome é o mais cotado, no momento. Porém, o currículo de Jorge Jesus, ao longo de sua carreira, nada tem de excepcional. Seu melhor momento foi, justamente, no Flamengo. Outro português cogitado, Abel Ferreira, do Palmeiras, está na mesma situação. Seu único período de destaque na carreira, até aqui, se deu, justamente, no clube paulista. Os problemas que levam a Seleção a fracassar repetidamente nas Copas são vários, e a escolha de um técnico estrangeiro não os resolveria. Cabe lembrar, também, que a Seleção rompeu o longo jejum de 24 anos sem ganhar Copas, em 1994, com um técnico brasileiro. Agora, quando a ausência de títulos igualou aquela mesma marca, porque não se poderia fazer o mesmo? O próprio espanhol Josep Guardiola, sonho de grande parte da imprensa esportiva brasileira para o cargo, disse que o técnico da Seleção tem de ser um brasileiro. Está com toda a razão.