sexta-feira, 27 de julho de 2018

Escolha óbvia

O chamado "centrão", reunião de partidos adeptos do neoliberalismo e que fazem da política um balcão de negócios, abriu o seu apoio ao candidato a presidente pelo PSDB, Geraldo Alckmin. Tratada pela imprensa como uma notícia de grande impacto, é apenas uma escolha óbvia. O "centrão" nada mais é do que um covil dos piores vermes da política brasileira. Dessa forma,  nenhum candidato poderia ser mais adequado para receber o apoio desse grupo do que Alckmin. Seus integrantes também se identificam com nomes como Henrique Meirelles e Jair Bolsonaro, mas sabem que Alckmin é um candidato mais viável do que os dois. Desde a redemocratização do país, com a Nova República, o bloco se fez presente no Congresso Nacional, como uma forma de defender os privilégios da casa grande e impedir maiores avanços da senzala. Alckmin já concorreu para presidente uma vez, em 2006. Conseguiu a "façanha" de fazer no segundo turno um número menor de votos do que recebera no primeiro. Para a eleição desse ano, Alckmin tem apresentado índices baixíssimos de intenções de votos nas pesquisas. Ainda assim, com a estrutura e os recursos de um partido como o PSDB, Alckmin está longe de ser uma carta fora do baralho. Os "centristas"apostam em Alckmin para que tudo continue como está. Eles desejam um governo que realize privatizações e administre para os ricos. Resta ao eleitor brasileiro impedir a consumação desse plano.