sábado, 23 de fevereiro de 2013

Covardia

A decisão do Grêmio de jogar o Gre-Nal de amanhã, pelas quartas-de-final do primeiro turno do Campeonato Gaúcho, no estádio Francisco Stédile, em Caxias do Sul, com apenas dois titulares, é, rigorosamente, inaceitável. Por mais que o técnico Vanderlei Luxemburgo e a diretoria se esforcem para explicar a estúpida medida, não conseguirão. A única explicação para tal atitude é a da mais absoluta covardia. O Gre-Nal de amanhã é eliminatório, isto é, só um dos clubes irá adiante, classificando-se para as semifinais, novamente em jogo único. Portanto, caso ganhe o jogo, o Grêmio eliminará o Inter do primeiro turno, obrigando-o a jogar todas as sua fichas no segundo turno para tentar ser campeão. Afora isso, o Inter ficaria de férias forçadas até o dia 17 de março, quando iniciará sua participação no segundo turno. Com seu time completo, cuja qualidade é indiscutível e que vem de uma goleada afirmativa sobre o Fluminense, no Engenhão, as chances do Grêmio vencer o Gre-Nal seriam enormes, ainda que o time titular do Inter também tenha uma boa qualidade. Ao contrário do que ocorria até pouco tempo atrás, o Grêmio tem, hoje, um time tão bom ou melhor do que o do Inter, e um grupo muito mais qualificado. O próximo jogo do Grêmio pela Libertadores é apenas no dia 5 de março, e, portanto, o argumento de poupar o time titular para esta competição é algo que não convence. Uma das alegações de Vanderlei Luxemburgo para a inesperada derrota para o Huachipato, em plena Arena, foi que o time precisava jogar mais junto, ganhar entrosamento. Então, como explicar que um time que tem tido poucas partidas, e que precisa ganhar entrosamento, seja poupado para um jogo que só se realizará 11 dias depois? A escalação de um time com nove reservas revela, por parte do Grêmio, o medo das consequências de uma eventual derrota com o seu time completo, o que é deplorável. Afinal, medo é algo incompatível com um clube de tamanha grandeza.