quinta-feira, 20 de setembro de 2018

A carta de FHC

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tem a pretensão, alimentada pela imprensa amiga, de ser um "pai da pátria", uma venerável figura que, do alto dos seus 87 anos, seria um farol para os brasileiros, com seus conselhos e orientações. Dentro dessa linha, lançou uma carta aberta pedindo que haja uma reunião das candidaturas de centro para evitar a polarização dos extremistas na eleição presidencial. A carta de FHC é mais uma tentativa patética do ex-presidente de se atribuir uma importância que não tem no cenário político. Só para recordar, FHC foi o presidente brasileiro que vendeu patrimônio público em troca de moedas podres, criou o instituto da reeleição em proveito próprio, comprando 200 parlamentares, e terminou seu segundo mandato com índices baixíssimos de popularidade. Portanto, o ex-presidente carece de legitimidade para exercer esse papel de grande sábio. Na verdade, a carta é mais um dos artifícios tentados pelas forças conservadoras para evitar a vitória do candidato do PT, Fernando Haddad. Os já referidos baixos índices de popularidade de FHC ao final de seu período como presidente provam que o povo brasileiro já decidiu, há muito tempo, que o seu lugar na história do país deve ser o do mais absoluto esquecimento.