terça-feira, 27 de setembro de 2011

Escurinho

Com a morte de Escurinhao, aos 61 anos, o futebol gaúcho perde um de seus grandes personagens. Escurinho não foi um jogador de Seleção Brasileira, e alternou períodos como titular, com outros em que era reserva do Inter. Porém, era um cabeceador emérito e que, entrando em meio a um jogo, várias vezes decidia uma partida, quando o gol parecia que não iria mais sair. Extremamente simpático, gostava da noite, de cantar e tocar violão nos bares, o que gerou inconformidade por parte de alguns torcedores, sempre atentos ao que consideram um comportamento inadequado dos jogadores. Esteve, também, entre outros clubes, no Palmeiras, onde, na primeira partida da decisão do Campeonato Brasileiro de 1978, contra o Guarani de Campinas, chegou a jogar de goleiro, depois que Leão foi expulso. Escurinho foi o terror dos torcedores do Grêmio com seus gols nos acréscimos dos clássicos com o Inter. Há alguns anos, enfrentava sérios problemas de saúde, devido à complicações causadas pelo diabetes. Chegou a ter os pés amputados e tinha de fazer sessões de hemodiálise. Com a morte, chega ao fim o sofrimento de seus últimos dias. Para os que tiveram a oportunidade de vê-lo jogar, como é o meu caso, fica a lembrança de um jogador que marcou presença no futebol, mesmo sem ser craque, e o respeito de todos, independentemente de preferência clubística, pelo grande ser humano que nos deixou.