terça-feira, 16 de agosto de 2022

Primeiro debate

A campanha eleitoral começou, hoje, oficialmente. A Rádio Gaúcha promoveu o primeiro debate com os candidatos a governador do Rio Grande do Sul. O debate foi curto, engessado por muitas regras e, em cumprimento à legislação eleitoral, contou com todos os candidatos cujos partidos possuíam a representação mínima exigida no Congresso Nacional, num total de oito, o que não permitiu o aprofundamento das questões propostas. Mesmo com tamanhas limitações, foi possível perceber certos fatos. O mais evidente foi o destaque dado para a educação, sem, no entanto, apresentar propostas mais concretas para o setor. Nesse sentido, Vieira da Cunha (PDT), foi a exceção, pois a ideia de seu partido para a educação, há muitos anos, é a construção de CIEPS, escolas de dois turnos, com educação integral. Os demais limitaram-se a referir o que seus partidos fizeram na área quando estiveram no governo, ou a citar propostas vagas e inconsistentes. A proposição mais estúpida foi a de Ricardo Jobim (Partido Novo), que quer privatizar o Banrisul para colocar o dinheiro arrecadado na educação. Em relação aos candidatos, Eduardo Leite (PSDB) mostrou a habilidade retórica de sempre, que usa para esconder o vazio de suas propostas e maquiar o fracasso do seu governo. Onix Lorenzoni (PL), foi falso como de hábito, com um discurso que apela para o conservadorismo. Luís Carlos Heinze (PP), esteve tenso e inseguro. Edegar Pretto (PT) se mostrou articulado, dando a ideia de que poderá crescer durante a campanha. Roberto Argenta (PSC), por sua indumentária e forma de expressão, tende a ser o candidato folclórico da eleição. Vieira da Cunha (PDT), exibiu a já conhecida conduta de seriedade, prejudicada pela falta de carisma. Vicente Bogo (PSB) foi inssosso. Ricardo Jobim (Partido Novo), o autor da estúpida proposta de privatizar o Banrisul para aplicar os recursos na educação, foi, simplesmente, patético.