quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Conservadorismo

Uma pesquisa publicada pelo jornal "Correio do Povo" revela que se a eleição presidencial fosse hoje, o PSDB venceria no Rio Grande do Sul nos dois cenários propostos, num tendo Aécio Neves como candidato, noutro com Geraldo Alckmin. O conservadorismo tem sido uma marca do eleitor gaúcho ao longo do tempo. O PT chegou duas vezes ao poder no Estado, com Olívio Dutra, em 1998, e Tarso Genro, em 2010. Olívio venceu Antônio Britto (PMDB), que buscava a reeleição, por apenas 80 mil votos de diferença. Tarso teve uma vitória consagradora, vencendo no primeiro turno, mas, quatro anos depois, não conseguiu se reeleger. Se em Porto Alegre e municípios maiores há uma tendência progressista mais evidente, nas pequenas localidades interioranas, o ranço conservador ainda é muito forte. Uma prova disso é que o PP, atual nome da antiga Arena, partido de sustentação do regime militar, que é pouco expressivo no restante do país, ainda possui grande peso político no Estado. Mesmo que seja uma pesquisa sobre uma eleição que está muito distante, a preferência por candidatos como Aécio e Alckmin é absolutamente lamentável, pois revela que os gaúchos ainda não aprenderam a lição, após terem cometido o desatino de elegerem José Ivo Sartori (PMDB) para governador. Por mais frustrações que possam ter tido, eventualmente, com governos de face progressista, os gaúchos precisam aprender, de uma vez por todas, que partidos e políticos de direita nunca são solução para nada. Pelo contrário. Tentar resolver qualquer tipo de crise recorrendo aos adeptos da demofobia é como buscar apagar um incêndio jogando gasolina sobre o fogo. Tomara que essa preferência verificada na pesquisa se modifique ao longo do tempo, já que a próxima eleição presidencial só acontecerá em 2018. O Rio Grande do Sul não merece se tornar um bastião da boçalidade no país.