segunda-feira, 26 de outubro de 2020

O eclipse de Guardiola

O futebol, o mais popular entre os esportes, cria ídolos e mitos em profusão. Há jogadores e técnicos que atingem fama e fortuna em níveis estratosféricos. Um desses casos é o técnico espanhol Josep Guardiola. Foi ele quem treinou o Barcelona do "tiktaka", onde brilhavam Messi, Xavi e Iniesta. Era um futebol que privilegiava a posse de bola e a troca de passes. Com os muitos títulos ganhos pelo Barcelona, e o encantamento que seu estilo de jogo proporcionava, Guardiola logo foi alçado a condição de melhor técnico do mundo, desejado por vários clubes. O Bayern de Munique o contratou na esperança de voltar a ganhar a Champions League, mas isso não aconteceu, o que fez com que o clube, em dado momento, abrisse mão de sua continuidade no cargo. Guardiola, então foi para o Manchester City, um clube que tenta tornar-se grande com os maciços investimentos de seu proprietário. O grande objetivo do Manchester City é ganhar a Champions League. Mesmo estando há cinco anos no clube, Guardiola ainda não conseguiu esse feito. O Manchester City ganhou campeonatos ingleses e edições da Copa da Liga da Inglaterra. Porém, não consegue vencer a Champions League. No atual Campeonato Inglês, o Manchester City só venceu um dos seis jogos que fez até agora. O eclipse de Guardiola é evidente. Talvez a razão para isso é que ele tenha entrado numa zona de conforto, privilegiando o recebimento de um salário altíssimo num contrato longo, em detrimento de novos riscos profissionais. Antes uma quase unanimidade como melhor técnico do mundo, Guardiola vê outros nomes sendo apontados nessa condição. No futebol, como na vida, tudo é muito efêmero.