quarta-feira, 15 de maio de 2019

Moralismo seletivo

Não é de hoje que se tenta pespegar no Grêmio o rótulo de clube racista. Essa intenção ficou maia flagrante em 2014, quando o clube foi excluído da Copa do Brasil em função de insultos racistas dirigidos ao goleiro Aranha, então no Santos, proferidos por uma torcedora. As imagens foram captadas de forma exclusiva por um canal de tevê, e motivaram a drástica punição. Agora, o STJD resolveu levar o Grêmio a julgamento por um novo caso de suposta injúria racial. A denúncia se baseia, apenas, em material de áudio, sem imagens. Nesse áudio, uma voz, aparentemente feminina, dirige gritos de "macaco" ao atacante Yoni Gonzalez, do Fluminense. O Grêmio tem tentado identificar a suposta ofensora, mas encontra extrema dificuldade, pela falta de imagens. O mais curioso é que Yoni  Gonzalez e o Fluminense não apresentaram denúncia, e o fato não consta da súmula do árbitro. Ainda assim, o STJD decidiu realizar o julgamento. Seis fatos análogos com outros clubes são de conhecimento do Grêmio, mas não resultaram em nenhuma providência por parte do tribunal. Portanto, o Grêmio está sofrendo um processo de moralismo seletivo, que procura estigmatizar um clube enquanto faz vista grossa para outros. Os que tentam fazer isso, no entanto, terão suas pretensões frustradas, pois o Grêmio é muito maior do que os seus detratores.