sábado, 7 de fevereiro de 2015

Apito amigo

O jogo Inter x Novo Hamburgo, hoje,  no Beira-Rio, pelo Campeonato Gaúcho, assemelhou-se a um filme muitas vezes visto, do qual se conhece o enredo de cor. O Inter, jogando com um time reserva, não teve uma boa atuação, e merecia empatar com o esforçado Novo Hamburgo, mas venceu por 1 x 0, devido a um pênalti inexistente, marcado no final do primeiro tempo. Nada que não se assista repetidamente no futebol gaúcho, todos os anos. Sempre que o Inter tem dificuldades para resolver o jogo com o seu futebol, surge o "apito amigo" para facilitar tudo. Hoje, não foi diferente. Assim, o princípio de crise que já se insinuava é interrompido, e a tranquilidade, ao menos por enquanto, volta a predominar no Inter. Pena, para o Inter, que nas competições fora do Rio Grande do Sul, os árbitros não sejam tão generosos.

Mercado

A escolha de Aldemar Bendine para presidente da Petrobrás, ontem divulgada, foi mal recebida pelo "mercado". Um jornal americano chegou a destacar que esperava-se a indicação de um nome mais "independente". Chega a ser risível, mas é isso mesmo. O "mercado" e seus defensores querem que uma empresa estatal seja presidida por alguém que tome decisões não afinadas com as diretrizes de quem o nomeou, no caso a presidente Dilma Rousseff, mas que sejam do agrado dos "investidores", termo elegante usado para definir os grandes especuladores do mercado financeiro. Por certo, os que fazem esse tipo de análise gostariam de ver no cargo alguém do perfil do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que reza pela cartilha neoliberal. Dilma Rousseff trocou a diretoria da Petrobrás, como era inevitável que fosse feito, mas, é claro, indicou nomes da sua confiança. Não poderia ser diferente. O "mercado" sonha com um estado mínimo, que governe para os seus interesses. Porém, ainda não será dessa vez. A presidente, ao nomear Bendine, mostrou que é ela quem governa o país. Para o bem do Brasil.