domingo, 18 de junho de 2023

Rompendo barreiras

Num país patriarcal e machista como o Brasil, as mulheres sempre enfrentaram uma série de obstáculos. Um deles era o direito de praticar determinados esportes, tidos como impróprios para a condição feminina. O futebol, por exemplo, teve a sua prática expressamente proibida para as mulheres durante décadas. Só em 1979 a lei foi revogada. Antes mesmo da revogação, jogos de futebol de praia feminino atraiam públicos de até 4 mil pessoas no Rio de Janeiro. Com a queda da absurda lei, surgiu, em 1981, o primeiro clube de futebol feminino do país, o Radar, também do Rio de Janeiro. A partir daí, o futebol praticado por mulheres foi crescendo, e com a formação da Seleção Brasileira da modalidade, aumentando sua aceitação junto à população. Foi um crescimento rápido, se levarmos em conta que o futebol feminino começou a se estruturar no país oito dêcadas depois do masculino. Hoje, numa prova da escalada do esporte, jogos da fase decisiva do Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino foram transmitidos, ao vivo, em tevê aberta, pela Rede Globo, que também exibirá a Copa do Mundo da modalidade, a ser realizada entre julho e agosto na Austrália e Nova Zelândia. Rompendo barreiras, as mulheres brasileiras, atualmente, estão em todas as modalidades esportivas, mesmo as consideradas mais brutas e masculinas, como o boxe, por exemplo. Em esportes como o basquete e o vólei, seu desempenho, há muito tempo, se nivela ao dos homens. No dia de hoje, mais um feito esportivo foi obtido pelas mulheres brasileiras. A Seleção Brasileira Feminina de Rúgbi classificou-se para as Olímpiadas de 2024, em Paris. No esporte ou fora dele, não há lugar onde as mulheres não possam estar.