domingo, 4 de fevereiro de 2024

Ascensão meteórica

Há 10 meses, ninguém sabia quem era Thiago Carpini. Foi então que, em abril de 2023, com apenas 38 anos, Carpini foi o técnico vice-campeão paulista pelo modesto Água Santa, de Diadema, e iniciou uma ascensão meteórica. O Água Santa chegou a vencer o primeiro jogo da decisão, contra o poderoso Palmeiras, mas perdeu o segundo, e o título, o que é perfeitamente natural, dada a diferença técnica entre os dois oponentes. Ainda no ano anterior, Carpini foi contratado pelo Juventude. Chegou com o clube tendo perdido quatro dos cinco primeiros jogos no Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão, afundado na zona de rebaixamento. Acabou a competição como vice-campeão. Após renovar com o Juventude, rescindiu com o clube e foi para o São Paulo, que havia perdido o técnico Dorival Júnior para a Seleção Brasileira. Com um mês de trabalho no clube paulista, conquistou, hoje, no Mineirão, o título da Supercopa do Brasil contra o Palmeiras, treinado pelo português Abel Ferreira, que está no cargo desde 2020 e já conquistou muitos títulos. Depois de um empate em 0 x 0 no tempo normal, o São Paulo venceu por 4 x 2 nos tiros livres da marca do pênalti. O desempenho fulgurante de Carpini em tão pouco tempo mostra que, ao contrário do que afirma a subserviente imprensa esportiva brasileira, o país também revela bons técnicos, não precisando recorrer, apenas, a profissionais estrangeiros.