terça-feira, 6 de março de 2012

As confusões da Copa

Motivos de força maior levaram-me a ficar por três dias sem postar novos textos. Feito o esclarecimento, abordo mais um fato relacionado à Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Refiro-me ao bate-boca entre o secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke e o ministro do Esporte, Aldo Rebelo. Valcke até pode ter razão nas coisas que reclama, mas o faz de forma mal educada. Com isso, justifica a posição do governo brasileiro de não aceitá-lo mais como interlocutor junto à Fifa. O que mais esse caso demonstra, contudo, é que poucas vezes se viu uma organização de Copa do Mundo tão confusa. Há atraso na construção e reforma de estádios, nas obras viárias, cobranças da Fifa, explicações do governo e quase nenhuma mobilização popular, o chamado "clima de Copa". Some-se a tudo isso o fraquíssimo futebol que a Seleção Brasileira vem jogando e a perspectiva é de que a Copa de 2014, em vez de uma grande celebração, se torne um evento melancólico. Uma providência, ao menos, poderia ser tomada para alterar esse panorama. Seria a imprensa brasileira abraçar a causa da Copa. Não é mais hora de se marcar posição contrária a realização da competição. Isso só atrapalha, não levaa lugar nenhum. O Brasil tem de, definitivamente, envolver-se com a Copa. Até agora, isso não aconteceu. A Copa não pode ser encarada como um problema, mas, sim, como uma magnífica festa que o Brasil terá a honra de sediar.