quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Galerias vazias

Nada poderia ser mais emblemático em relação ao atual governo do Rio Grande do Sul do que o deprimente espetáculo da tarde de ontem. Com as galerias da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, a casa do povo, mantidas vazias pelas forças policiais, a base aliada do pior governo do Estado de todos os tempos aprovou uma série de medidas que ferem os interesses dos servidores e dos cidadãos. Nessa atitude ficou explicitado que o atual governo, de figurino abertamente neoliberal, despreza os servidores e o povo do Rio Grande do Sul, encarando-os como inimigos. Uma das medidas aprovadas ontem foi a de limitar as aposentadorias e pensões dos novos servidores públicos estaduais ao valor da Previdência paga pela União. O projeto cria a Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público do Estado do Rio Grande do Sul, a RS-Prev. O governo do Estado, com essa e outras iniciativas, adota o modelo defendido pela direita de que para bem administrar é preciso tomar decisões impopulares. Mais adiante, serão votadas a extinção de fundações de grande valor para a sociedade e a privatização de empresas estatais. Com um governo demofóbico, aliado aos interesses do grande capital, o Rio Grande do Sul ainda terá muito o que penar nos próximos três anos. Um filme de terror que deve servir de alerta para a maioria dos eleitores que, deixando-se levar por uma imprensa facciosa e um marketing engenhoso de campanha, compraram gato por lebre e escolheram José Ivo Sartori, um homem bronco e inepto, para governador.