segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

A seleção da Bola de Prata

A "Bola de Prata", da revista "Placar", é a mais prestigiosa premiação do futebol brasileiro. Sua primeira edição ocorreu na Taça de Prata de 1970, a última competição nacional que precedeu o Campeonato Brasileiro, disputado pela primeira vez em 1971. Hoje, dia seguinte ao encerramento do Brasileirão de 2015, foram entregues os prêmios aos melhores jogadores da competição. A seleção da "Bola de Prata", dessa vez, ficou resumida a jogadores dos três primeiros colocados da disputa, Corinthians, Atlético Mineiro e Grêmio. A grande surpresa foi o Grêmio, terceiro colocado, que teve o mesmo número de jogadores que o campeão Corinthians, quatro, e um a mais que o vice-campeão, o Atlético Mineiro. No geral, a escolha foi justa. Marcelo Grohe, do Grêmio foi o goleiro premiado, e teve méritos, mas outros jogadores da posição também se destacaram e poderiam ter sido escolhidos, como Alisson, do Inter, por exemplo. Galhardo, também do Grêmio, foi o lateral direito vencedor. Particularmente, considero esse o grande erro da seleção final. Marcos Rocha, do Atlético Mineiro, é melhor jogador e fez um campeonato mais qualificado. Outro jogador do Grêmio, Geromel, foi um dos zagueiros premiados. Escolha justíssima. Geromel teve um desempenho exuberante ao longo da campanha do Grêmio. Gil, do Corinthians, o outro zagueiro escolhido, também foi merecedor do prêmio. O melhor lateral-esquerdo foi Douglas Santos, do Atlético Mineiro, jovem afirmação numa posição que anda carente de talentos. Os volantes Rafael Carioca, do Atlético Mineiro, e Elias, do Corinthians, foram, inegavelmente, os melhores em suas posições. Os dois meias premiados, Jádson e Renato Augusto, ambos do Corinthians, reuniram muitos méritos, mas Lucas Lima, do Santos, também poderia figurar na seleção final. No ataque, os  escolhidos foram Luan, do Grêmio, e Lucas Pratto, do Atlético Mineiro. Entendo que Ricardo Oliveira, que ganhou a "Bola de Prata" de artilheiro do campeonato e a "Chuteira de Ouro", de maior goleador do ano no país, teve um desempenho melhor que o de Lucas Pratto. A "Bola de Ouro" de melhor jogador da competição foi para Renato Augusto, uma escolha justa. O jogador revelação foi Gabriel, do Santos, que teve seus méritos, embora vários outros jovens talentos tenham se destacado e pudessem ficar com o prêmio. Na média, a seleção final da "Bola de Prata" foi uma escolha criteriosa, que refletiu o que se viu em campo.