terça-feira, 14 de outubro de 2014

Discurso vazio

Depois do debate de hoje pela manhã, na Rádio Gaúcha, entre os candidatos a governador do Rio Grande do Sul, torna-se cada vez mais incompreensível a grande votação alcançada por José Ivo Sartori (PMDB), no primeiro turno. O candidato que usa como slogan "Meu partido é o Rio Grande", age assim, certamente, para apostar que o eleitor faça uma escolha pela pessoa, ignorando a sua sigla, já que o PMDB tem um passado nada recomendável nas vezes em que administrou o Estado. Em termos de conteúdo, seu desempenho no primeiro debate do segundo turno foi idêntico aos realizados anteriormente. Suas respostas são evasivas, ocas, não passam de tergiversações. Um autêntico discurso vazio. Tudo porque, Sartori não pode revelar ao eleitor quem ele é, efetivamente. Precisa vender a imagem, construída por seus marqueteiros, do sujeito simples, bonachão, de sotaque carregado, característico da colônia italiana. Porém, mesmo com todo o cuidado para não expor sua verdadeira face, Sartori se revelou em algumas respostas que deu a perguntas formuladas pelo governador, e candidato á reeleição, Tarso Genro (PT). Ao dizer que o salário mínimo regional não é uma política pública e que o governo deve ser um interlocutor entre trabalhadores e empresários, revelou toda a sua índole neoliberal, o que confirmou, mais adiante, ao defender as privatizações de empresas como a CRT e a CEEE, tão danosas ao interesse público. A cada vez que Sartori fala fica mais clara a dimensão do desatino que seria elegê-lo. Ainda há tempo do eleitor evitar essa calamidade.

O craque faz a diferença

A Seleção Brasileira goelou o Japão, hoje, por 4 x 0, em Cingapura, em mais um amistoso de pouca relevância. Porém, ainda que o jogo não tivesse grande importância, e o adversário não fosse dos mais fortes, o fato de Neymar ter marcado todos os gols da Seleção é algo muito relevante. Neymar já superou, em número de gols marcados pela Seleção, grandes craques como Ademir de Menezes e Rivelino. A fragilidade da Seleção na Copa do Mundo ficou evidente ao longo da competição, e ela não estava em condições de ganhar a disputa. No entanto, um desastre como a goleada de 7 x 1 para a Alemanha se explica, em grande parte pela ausência de Neymar, que, lesionado, não teve condições de jogar. Com ele em campo, a Seleção, ainda que perdesse, não seria submetida a tamanho vexame. Se alguém ainda tinha dúvidas sobre o futebol de Neymar, elas devem ter se dissipado depois do jogo de hoje.