domingo, 19 de março de 2017

Mais um empate inaceitável

O Grêmio está desafiando a paciência do seu torcedor. O time não consegue desenvolver um bom futebol, e acumula resultados insatisfatórios contra adversários de pouca expressão. Hoje, em mais um empate inaceitável, não saiu do 1 x 1 com o Veranópolis, na Arena, pelo Campeonato Gaúcho. Com isso, o número de empates do Grêmio na competição já é superior ao de vitórias. Não faltam desculpas para esses tropeços, mas elas são inconvincentes. As alegações são as mais variadas, como a de que o time perdeu muitos titulares por lesão, de que a saída de Walace ainda não foi reposta, de que os novos reforços precisam de um tempo de adaptação, de que a alternativa de jogar com um centroavante posicionado, como ocorreu no primeiro tempo do jogo de hoje, exige um período de assimilação. No entanto, nada disso explica ou torna admissíveis empates com adversários tão pouco expressivos como São José, Brasil de Pelotas e Veranópolis. Dois desses empates foram na Arena, o que os faz ainda mais constrangedores. Nem mesmo o empate contra o Brasil de Pelotas, por ter sido fora de casa, deve ser tratado com condescendência. Nesses três jogos, era obrigação do Grêmio sair de campo como vencedor. Embora diga que deseja ganhar o campeonato estadual, o Grêmio não parece se esforçar para isso. Até agora, não jogou bem em nenhuma das partidas que disputou. Está mais do que na hora de o Grêmio deixar de ser um time bom no papel, e mostrar isso na prática.

Chuck Berry

Um mito, uma lenda. Essas são as definições que cabem, sem nenhum exagero, para dimensionar Chuck Berry, que faleceu ontem, aos 90 anos. Berry foi um expoente do rock quando esse gênero musical ainda vivia os seus primórdios, no final dos anos 50. Criou grandes sucessos como "Johnny B. Goode" e "Rool Over Beethoven". Foi ídolo de grupos como Beatles e Rolling Stones, que regravaram composições suas. Cometeu excessos e tinha um temperamento difícil, o que não o impediu de ter uma vida longa. Certa vez, John Lennon disse que se quisessem dar outro nome ao rock, esse seria o de Chuck Berry. Como se vê, sua morte não representa apenas a perda de um grande artista, mas o desaparecimento de um ícone. Muitos jovens talvez não tenham a exata proporção do talento e da representatividade de Chuck Berry. Porém, essa é uma lacuna que pode ser reparada ouvindo sua obra, o que é uma recomendação mais do que oportuna.