sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Descalabro

O caos vivido na segurança pública no Rio Grande do Sul é uma consequência natural de um governo que, desde o seu início, mostrou ser um descalabro. Não poderia dar certo o que já começou errado. A escolha de José Ivo Sartori para ser o governador do Rio Grande do Sul foi um equívoco monstruoso do eleitorado. Deixando-se influenciar por uma imprensa facciosa e atrelada aos mais vis interesses das classes privilegiadas e do grande empresariado, o eleitor negou a reeleição ao então governador Tarso Genro, político talentoso e um intelectual de alto nível. Sartori é, sem nenhuma dúvida, o governador mais inepto e incapaz da história do Rio Grande do Sul. Com uma política marcada pela demofobia, defensor dos interesses do grande capital, Sartori, sob a alegação da falta de recursos financeiros, está procedendo a destruição do Rio Grande do Sul. Os salários do funcionalismo estadual são pagos de forma parcelada, a previdência será modificada em prejuízo de aposentados e pensionistas, saúde e educação estão sendo sucateadas. O mais chocante de todo esse rol de atrocidades, no entanto, é a segurança pública. O Rio Grande do Sul se tornou uma terra de ninguém, onde pessoas são assassinadas a qualquer hora, em todos os lugares, dos muito pobres aos mais refinados. Defensor do estado mínimo, Sartori só se preocupa em cortar recursos. Com isso, a população fica desassistida em suas necessidades essenciais, e entregue a própria sorte no que diz respeito a segurança. O clamor social que se verificou  em função da escalada galopante da criminalidade levou o secretário estadual de Segurança Pública, Wantuir Jacini, a pedir demissão. Porém, isso ainda é pouco. O Brasil está prestes a afastar, por meio do impeachment, uma presidente que nada fez para merecer a deposição, num dos mais sórdidos golpes políticos da história do país. Para o impeachment de Sartori sobram motivos, mas as forças conservadoras não permitiriam que um movimento nesse sentido prosperasse. Sendo assim, resta á população do Rio Grande do Sul pagar pelo erro de eleitores desatinados, que, ao escolherem Sartori para governador, a jogaram numa aventura de trágicas consequências.