quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Título merecido

 O Athletico Paranaense é o campeão da Copa do Brasil. A conquista veio, hoje, com a vitória de 2 x 1 sobre o Inter, em pleno Beira-Rio. Os dois jogos da decisão foram vencidos pelo Athletico. Um título merecido, sem dúvida. O gol da vitória, marcado aos 51 minutos do segundo tempo, teve requintes de crueldade. Marcelo Cirino, na linha de fundo, driblou Rafael Sóbis e Edenilson com um só toque, invadiu a área, livrou-se de Rodrigo Lindoso, e cruzou para Rony fazer o gol. Uma jogada de alta técnica, feita nos acréscimos, para plasmas a superioridade do Athletico no confronto, e impedir qualquer chance de reação. Foi uma grande atuação coletiva do Athletico, principalmente no segundo tempo, com vários desempenhos individuais de destaque. O goleiro Santos repetiu as boas atuações de jogos anteriores. Robson Bambu foi um jovem que entrou na fogueira de jogos decisivos e deu ótima resposta. Rony foi o melhor jogador em campo. Marcelo Cirino entrou no segundo tempo e foi fundamental. O técnico Tiago Nunes firmou-se como a grande revelação na função no futebol brasileiro. O Inter, por outro lado, acumulou equívocos. Seu técnico, Odair Hellmann, mais uma vez, cometeu erros decisivos. A substituição de Patrick por Rafael Sóbis, no intervalo, foi incompreensível. Ainda que o Inter precisasse marcar gols, pois o empate em 1 x 1 dava o título ao Athletico, a troca se mostrou prejudicial, pois houve perda de combatividade no meio de campo sem que o almejado ganho ofensivo fosse alcançado. Após a saída de Bruno para a entrada de Nonato, Edenilson foi deslocado para a lateral direita, causando mais uma perda no setor de meio de campo. Guerrero, outra vez, não se fez notar em campo num jogo decisivo. Wellington Silva, que costuma entrar bem durante os jogos, mostrou-se ineficiente sendo escalado desde o início. O resultado também acabou com o mito de que o Inter reverte confrontos no Beira-Rio, isso ocorre várias vezes, mas não vai acontecer sempre. Os próximos dias deverão ser de turbulência no Inter. A torcida, que nunca simpatizou com Odair Hellmann, tenderá a pressionar pela sua saída.