sábado, 29 de setembro de 2012

Rotina

O empate do Inter com o Cruzeiro em 0 x 0, hoje, no estádio Melão, em Varginha (MG), não trouxe nada de novo na trajetória dos dois clubes no Campeonato Brasileiro. Inter e Cruzeiro, que fazem campanhas decepcionantes no Brasileirão, repetiram o mau futebol que tem mostrado em quase todos os jogos, e obtiveram um resultado que foi ruim para os dois. O placar em branco, aliás, traduz bem a qualidade do futebol que foi apresentado em campo. O Cruzeiro esteve mais perto da vitória, já que teve um pênalti a seu favor. Borges bateu e marcou o gol, mas o árbitro mandou repetir a cobrança por ter havido invasão. Na segunda cobrança, Borges errou e, mesmo tendo ocorrido nova invasão, o árbitro não ordenou a repetição, o que deveria ter sido feito. No segundo tempo, Lucas Lima, do Inter, cometeu um pênalti claríssimo, colocando a mão na bola, mas, dessa vez, a arbitragem ignorou o lance. Ainda assim, o resultado não chegou a constituir uma injustiça. O Cruzeiro continua com seu desempenho frustrante. O Inter não fica atrás. Só mesmo os torcedores mais fanáticos ainda acreditam na possibilidade do Inter se classificar para a Libertadores. Na realidade, 2012 já acabou para o Inter. Encarar esse fato de frente seria uma forma do clube buscar uma melhor perspectiva para o ano que vem.

Uma pioneira da televisão

A morte de Hebe Camargo, ocorrida na madrugada de hoje, em  São Paulo, representa a perda de uma personalidade que está conectada à história da televisão brasileira desde o seu princípio. Hebe é uma das pessoas pioneiras da televisão no Brasil, aquelas que estão ligadas a esse veículo de comunicação desde o seu surgimento no país, com a inauguração da TV Tupi de São Paulo, em 1950. Hebe também era cantora, mas foi como apresentadora que obteve fama e tornou-se admirada em todo o país. Seu prestígio no meio artístico era praticamente unânime. Hebe tornou-se um mito da televisão sem nunca ter trabalhado na Globo, a rede de maior audiência no país, o que dá uma medida do seu talento. Em 62 anos de existência da televisão no Brasil, Hebe esteve sempre presente. Nenhum profissional permanece tanto tempo em atividade, com mais de 80 anos de idade, se não for muito bom. Hebe trabalhou, praticamente, até o fim de sua vida, mesmo abatida por uma doença cruel. Sua simpatia e bom humor contagiantes não serão esquecidos. Num meio onde tudo tende a ser fugaz, Hebe deixará uma lembrança perene. Foi um exemplo, também, na alegria de viver. Hebe era daquelas pessoas que sabiam tirar da vida tudo o que ela pode dar. Fez muitos amigos, alcançou fortuna, desfrutou dos prazeres que quis, em suma, viveu uma existência plena e longeva. Deixa saudade, mas uma lembrança que não combina com tristeza. Hebe era a personificação da alegria.