domingo, 20 de abril de 2014

Rumo ao fundo do poço

Se ainda havia alguma dúvida, depois da humilhante goleada na decisão do Campeonato Gaúcho, agora não há mais. O Grêmio caminha, aceleradamente, rumo ao fundo do poço. A derrota, por 1 x 0, para o Atlético Paranaense, hoje à tarde, no Orlando Scarpelli, deixou isso claro. Essa foi a terceira derrota do time nos últimos quatro jogos. Pior, ocorreu na estreia do Campeonato Brasileiro, uma competição de pontos corridos, contra um adversário frágil e em crise. A atuação do Grêmio, mais uma vez, foi constrangedora. A zaga testada, com Geromel e Bressan, não foi aprovada. Zé Roberto voltou, e, com ele, o futebol ineficiente e de toques laterais que o caracteriza. Barcos esteve muito mal. Busatto, que substituiu Marcelo Grohe, afastado por uma lesão de última hora, se mostrou inseguro e falhou no gol do adversário. Porém, a atuação mais negativa foi a do técnico do Grêmio, Enderson Moreira. Suas substituições foram bizarras. Ele colocou Rodriguinho no time, retirando Bressan e baixando Edinho para a zaga. Depois, tirou Breno, improvisando Léo Gago na lateral esquerda e pôs Éverton em campo, retirando Pará e deslocando Ramiro para o seu lugar. Uma autêntica salada em termos táticos, que se revelou indigesta. Com mais essa derrota, o Grêmio inicia o Brasileirão na zona de rebaixamento e mergulha num ambiente de tensão e desconfiança antes do jogo de quarta-feira, contra o San Lorenzo, no Nuevo Gasometro, pela Libertadores. Nada autoriza que se tenha otimismo em relação ao Grêmio. Na verdade, por tudo o que tem se visto, o período de Enderson Moreira como técnico do Grêmio começa a se aproximar do seu final. Sou dos que entendem, aliás, que ele deveria ter sido demitido logo após o Gre-Nal em que o Grêmio foi goleado. A menos que algo muito inesperado aconteça, o Grêmio se encaminha para uma eliminação na Libertadores e para campanhas cheias de sobressaltos nas demais competições. Estamos apenas em abril, mas o ano do Grêmio não parece nada promissor.