sexta-feira, 10 de julho de 2015

Desgoverno

O Rio Grande do Sul vive um dos piores momentos de sua história. Há caos na saúde e na segurança pública, e grande insatisfação do funcionalismo. O Estado está entregue a um desgoverno. Sim, o Rio Grande do Sul está com um governo acéfalo, resultado da escolha insensata da maioria dos eleitores, que colocaram no poder um homem inepto e despreparado. A intensa campanha midiática contra o ex-governador Tarso Genro, que buscava a reeleição, levou o eleitorado a devolver o maior cargo do Estado aos partidos de extração conservadora, cujas políticas, é bem sabido, são sempre demofóbicas. O tão alardeado déficit financeiro do Estado é verdadeiro, ninguém contesta. A situação financeira do Rio Grande do Sul é crítica há décadas, atravessando vários governos, de diferentes correntes ideológicas. A diferença está em como encarar o problema. O governo anterior tinha o entendimento, correto, de que o enfrentamento da dívida não pode se dar com o atraso no pagamento do funcionalismo e o sucateamento dos serviços públicos fundamentais. O atual governador do Estado, José Ivo Sartori, é adepto da solução única do corte de gastos. Tudo o que resultou de concreto dessa postura foi a absoluta precarização da saúde e da segurança pública, cujos serviços são um dever do Estado para com os cidadãos e contribuintes. O governo de Sartori apenas cumpriu o seu primeiro semestre. Há, ainda, mais três anos e meio pela frente, até o seu encerramento. Os que votaram em massa num candidato tão incapaz, devem estar profundamente arrependidos. Tomara que aprendam com a experiência mal sucedida, e votem com mais consciência em eleições futuras, sem se deixar influenciar pela imprensa conservadora. Porém, solução imediata não existe. Será preciso aguentar um longo período de sofrimento até o final dessa administração ruinosa. Um duro preço a ser pago por todos, inclusive pelos que não votaram no atual governador.