quinta-feira, 10 de novembro de 2022

O nervosismo do mercado

Com grande frequência, o noticiário revela inquietações do "mercado". O mercado é tratado como se fosse uma pessoa, que se aborrece ou, até mesmo, assusta, diante de decisões governamentais na economia. Hoje, uma fala do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, gerou alvoroço no mercado. O nervosismo do mercado ocorreu porque Lula questionou o porquê de a preocupação em relação ao ajuste fiscal ser maior do que com a fome que assola milhões dos brasileiros. Lula chegou a chorar durante a sua manifestação. Após a declaração de Lula, o dólar subiu e as ações na Bolsa de Valores de São Paulo caíram, pois seria uma sinalização de que o futuro governo não respeitará o teto de gastos. Cabe perguntar o que as forças integrantes do mercado esperavam. Será que pretendiam que Lula cometesse um estelionato eleitoral? O cerne da campanha de Lula foi justamente o seu compromisso de melhorar a vida do povo, retirar milhões de brasileiros de uma condição de fome e miséria. Obviamente, se ficar engessado pelo teto de gastos o futuro governo não poderá cumprir com suas promessas, entre elas o de manter, de forma permanente, o auxílio de R$ 600 aos mais necessitados. O governo Lula terá uma preocupação preponderante com o aspecto social. Não poderia ser diferente. O mercado terá de assimilar esse fato.