sábado, 3 de dezembro de 2016

Comoção

O Brasil viveu, hoje, um dia de intensa comoção. Não poderia ser diferente. Afinal, retornaram ao país os corpos das vítimas do avião que transportava a delegação da Chapecoense e jornalistas que fariam a cobertura do jogo entre o clube e o Nacional de Medellín, o primeiro pela decisão da Copa Sul-Americana. O velório coletivo, realizado na Arena Conda, em Chapecó, foi transmitido, de forma ininterrupta, por emissoras de TV aberta e fechada. Não havia como não se emocionar, diante de uma cerimônia pungente, e que não resvalou, em momento algum, para o excesso ou o mau gosto. As vítimas da tragédia do vôo para Medellín receberam uma homenagem carregada de tristeza, mas feita com sobriedade e dignidade. Não houve discursos longos, nem uma exploração indevida de um acontecimento tão doloroso. Grandes personalidades do futebol, como o presidente da Fifa, Gianni Infantino, os ex-jogadores Puyol e Seedorf, e o técnico da Seleção Brasileira, Tite, se fizeram presentes. Paralelamente, em diversos jogos realizados pelo mundo, a Chapecoense foi homenageada. Poucas vezes uma semana mexeu tanto com o coração dos brasileiros. O drama da Chapecoense foi acompanhado em todo o seu desdobramento, por um país inteiro.
Agora, finalmente, os que faleceram no desastre aéreo retornaram para a sua pátria. Não mais os veremos, mas os teremos, de alguma forma, junto de nós. Saibamos honrar a sua memória.