quinta-feira, 17 de agosto de 2017

O coadjuvante que brilhava

O humorista Paulo Silvino, que faleceu hoje, aos 78 anos, era uma figura singular em seu ramo de atividade. Silvino nunca foi o nome principal dos programas humorísticos de que participava. No entanto, era o coadjuvante que brilhava, tinha luz própria, e por isso, como destacou Tony Góes na "Folha de São Paulo", muitas vezes roubava a cena. Silvino destacou-se pelo uso de bordões irreverentes e maliciosos como "Ai como era grande" e "Ele gueeeenta". O personagem que representou nos últimos anos, o porteiro Severino, fez grande sucesso com mais dois bordões que se tornaram muito populares, "Cara crachá, cara crachá, cara crachá", e "Isso é uma bichona". Sua expressão facial já lhe tornava naturalmente engraçado, e ele soube explorar esse recurso. Sem ter alcançado o conceito de uma estrela do humorismo, Paulo Silvino foi um comediante de grande popularidade. Vai deixar saudade.