quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Posição modesta

O Brasil aparece em 84º lugar, entre 187 países avaliados, no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 2011, cujo relatório foi divulgado ontem pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Em relação ao ano de 2010, o Brasil subiu uma posição. Entre outros dados, foi apurado que os brasileiros tem um rendimento anual de 10.162 dólares e uma expectativa média de vida de 73,5anos. A escolaridade média é de 7,2 anos. Embora se enquadre na categoria de desenvolvimento humano elevado, o Brasil ainda está atrás de dez países da América Latina. Na região, apenas Chile e Argentina tem um Índice de Desenvolvimento Humano considerado muito elevado. A posição brasileira é muito modesta para um país que é um dos cinco maiores do mundo em extensão territorial e possui enormes riquezas e recursos naturais. Uma das razões para esse desempenho insatisfatório está, por certo, num dos itens avaliados. A escolaridade média dos brasileiros, de 7,2 anos, é, ainda, muito baixa. Com tão pouco tempo de permanência nos bancos escolares é inviável obter-se um desenvolvimento humano mais condizente com o potencial do país. A educação é o ponto fraco do Brasil, um país que vem conseguindo avanços magníficos, mas que pode e deve alcançar muito mais. Sem nenhum ufanismo, é obrigação do Brasil ser o país de melhor desenvolvimento humano entre seus pares da América Latina, pois seus recursos naturais e potencialidades são muito superiores aos dos demais integrantes da região. Para isso acontecer, no entanto, é preciso dar atenção prioritária à educação. Se não for assim, o Brasil continuará a ser visto como "o gigante adormecido". Convenhamos, já está mais do que na hora desse gigante despertar de seu sono.