terça-feira, 13 de março de 2018

A morte de um precursor

Há pessoas que mais do que o sucesso em uma determinada atividade abrem caminho para o êxito das gerações futuras. Esse, sem dúvida, é o caso de Bebeto de Freitas, que faleceu, hoje, aos 68 anos. Foi jogador da seleção brasileira de vôlei masculino nas Olimpíadas de 1972, em Munique, e 1976, em Montreal. Como técnico da chamada "geração de prata", a seleção brasileira de vôlei masculino que obteve o segundo lugar nas Olimpíadas de 1984, em Los Angeles, colocou a modalidade num patamar que jamais alcançara antes no país. Foi a primeira vez que o vôlei brasileiro subiu no pódio numa edição das Olimpíadas, mas a partir dali, isso se tornaria uma constante. Bebeto de Freitas tinha apenas 34 anos quando conseguiu tal façanha, treinando jogadores como William, Montanaro, Renan, Bernard, Badalhoca, Fernandão, Amauri, Bernardinho. Desse grupo, dois jogadores também se tornariam técnicos da seleção brasileira de vôlei masculino, Bernardinho, multicampeão pela equipe, e Renan, atual ocupante do cargo. Bebeto de Freitas ganhou títulos como técnico da seleção de vôlei masculino da Itália, foi presidente do Botafogo, ocupou cargos administrativos no Atlético Mineiro, onde trabalhava atualmente, teve uma vida dedicada ao esporte. Para o vôlei brasileiro, é a morte de um precursor, pois foi a partir da equipe que treinou em 1984 que essa modalidade esportiva iniciou uma trajetória ascendente no país. O esporte brasileiro perdeu um dos seus grandes nomes.