quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Oscar Niemeyer

O Brasil perdeu, hoje, um dos seus maiores vultos de todos os tempos. Oscar Niemeyer foi um homem extraordinário, em todos os aspectos, embora se definisse como alguém comum. Foi um grande arquiteto, cujo trabalho teve repercussão não só no Brasil, mas internacionalmente. Junto com Lúcio Costa, projetou Brasília, cidade cuja arquitetura pode sofrer contestações, mas que tem um impacto visual, ainda hoje, 52 depois da sua inauguração, inegável. Obras de Niemeyer marcam a paisagem de cidades brasileiras como o Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo e Niterói, e estão presentes, também, em outros países, como na Argélia, e na sede da ONU, nos Estados Unidos. Sua morte repercutiu imediatamente, em várias partes do mundo. Sites de veículos de comunicação dos Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Espanha e Israel, entre outros, noticiaram seu falecimento e exaltaram a qualidade de sua obra. Niemeyer não ficou restrito ao âmbito da sua profissão. Foi um grande homem e cidadão. Comunista ferrenho, sempre condenou as injustiças sociais e o descaso para com os pobres. Criticava, também, os profissionais alienados, competentes no exercício da sua atividade, mas que não liam e se mantinham alheios sobre a realidade que os cerca. Sua vida foi extraordinária, até mesmo, na longevidade. Niemeyer faleceu 10 dias antes de completar 105 anos. Um homem brilhante, digno, engajado, comprometido com a busca de uma sociedade melhor. Um brasileiro que, na verdade, não morreu. Figuras da dimensão de Oscar Niemeyer são imortais.