quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Uma usina de conflitos

Em apenas 27 dias sob o comando de sua nova diretoria, encabeçada pelo presidente Fábio Koff, o Grêmio tem se mostrado um clube intranquilo, quase convulsionado. O próprio presidente deu início ao processo, quando concedeu uma desastrada e inoportuna entrevista em que declarava que o novo estádio do Grêmio, a Arena, não era do clube. Depois disso, outro dirigente, Remi Acordi, disse que o técnico Vanderlei Luxemburgo recusara três grandes jogadores cujos nomes estavam no "cofre" para serem contratados pela nova administração. Luxemburgo negou o fato e o dirigente foi afastado. Hoje, duas notícias impactaram a torcida. A primeira foi a de que o vice-presidente de futebol. Omar Selaimen, havia pedido demissão. Ora, um ocupante de um cargo de tal relevância que pede demissão menos de um mês após a sua posse, e sem que as competições que o clube tem a disputar sequer tenham se iniciado, é um grave indício de crise. A segunda notícia aumentou ainda mais essa impressão. O zagueiro Vílson, que estava escalado como titular para o primeiro jogo da Pré-Libertadores contra a LDU, em Quito, foi mandado de volta ao Brasil depois de um desentendimento com Luxemburgo. Desde que a atual administração assumiu, praticamente, não há um dia sem que o Grêmio seja sacudido por notícias preocupantes. Até agora, a nova diretoria do Grêmio teve poucos acertos, e muitos erros. Fábio Koff elegeu-se cercado por enorme confiança da torcida, mas não vem correspondendo a tamanha esperança. O clube parece estar vivendo um desgoverno, com o técnico extrapolando suas funções e tornando-se um presidente de fato. Onde deveria haver harmonia e foco para a busca de grandes conquistas, há uma série de desencontros, e uma usina geradora de conflitos.